Em comemoração ao Mês da Mães os alunos do Curso de Olhar Fotográfico II, orientados pelo Prof. Delcio Ramos, produziram e efetivaram um BOOK FOTOGRÁFICO com uma família de quatro gerações: Kiara (filha), Fernanda (mãe), Sandra (vó) e Ilda (bisavó). A família foi selecionada pelo Departamento de Cultura que também providenciou transporte e locação para o ensaio. Tendo como belíssimo cenário o Bristô Vivere Parvo, no Cabaraquara, os fotógrafos e as modelos passaram uma tarde dedicada à Arte Fotográfica para homenagear todas as mães de Matinhos. Participaram como fotógrafos: Tomás Falcão, Maria Lúcia, Sandra Castanho, Eliane Gonçalves, Sheila Cortese e Vinícius Britto Justus.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
sexta-feira, 6 de maio de 2016
NOME DE CMEI: QUEM FOI JOSÉ WIGANDO MENDES - "S. LOLÓ"
Pode-se julgar o caráter de um povo pela
forma como trata seus heróis do passado, como esses senhores e senhoras são
valorizados por tudo que fizeram pelo bem de nossa cidade. Destacamos aqui mais
um nobre Matinhense, José Wigando Mendes, ou, SEU LOLÓ, como era comumente
chamado por todos. Nasceu no dia 03 de
Março de 1928 na cidade de Morretes. Uma pessoa que desde a infância foi
obrigado a ser guerreiro, aos sete anos de idade ficou órfão, tendo então que
vir morar em Matinhos com o irmão Felipe Mendes, sendo assim acolhido por nossa
amada cidade. Em sua juventude, apesar das obrigações, servira o exercito
brasileiro, jamais se afastou em definitivo da amada terra que o acolhera, já
sentia-se um caboclo matinhense, já era de fato um caboclo por opção. Aqui
viveu os melhores anos de sua vida, casou-se com dona Oliria, Matinhense
igualmente orgulhosa, da família Freire, donos originais de grande parte dos
terrenos de Caiobá, com dona Oliria formou família, firmando ainda mais suas
raízes em Matinhos. Esta união deu vida a cinco filhas, que como o saudoso pai,
firmam aqui suas raízes, os frutos do Seu Loló ainda enchem de cor a nossa
Matinhos, filhas, netos e bisnetos. Como homem de fibra, aqui lutou pela
sobrevivência de sua família, das diversas ocupações, destacamos as de
motorista, pedreiro, construtor e marceneiro. E sua alma de empreendedor lhe
fez criar a Marcenaria Mendes, empresa pioneira que alem de dar oportunidade
aos jovens, abria as portas a profissionais vindos de fora, que aqui também
fincaram suas raízes. Seu José era um apaixonado por futebol, entusiasmado
torcedor do Santos, sócio fundador do Caiobá futebol clube, ajudou a dar
pontapés iniciais em inúmeras carreiras futebolísticas em nossa cidade. Homem
generoso, amigo dos amigos, ajudava todos aqueles que recorriam a ele, fazia
questão de estar sempre presente na vida dos amigos e parentes, os ajudava
mesmo quando não pediam, mas o Amigo Loló percebia a precisão, façanha de só
quem tem um coração enorme e bondoso.Como todo bom caboclo, teve seus últimos
dias nas terras que tanto amou, morreu no dia em que nasceu, aos 60 anos de
idade, quis Deus que aniversario e morte se fundissem em uma única historia de
glorias e vitorias. Foi amado, mas acima de tudo amou, até hoje é lembrado
pelos familiares, seus contos e causos são ensinamentos que os mais novos
recebem com satisfação, amigos e familiares ainda hoje lembram com saudade o
amigo Loló, UM MATINHENSE, lembrado para sempre com amor e saudosismo.
Texto: Jussara Mendes
NOME DE CMEI: QUEM FOI "GIGI BONATTO"
Dona Gigi Bonatto foi uma
daquelas personalidades que fez questão de não apenas passar, mas deixar marcas
por onde passou... Matinhense de nascimento, de luta e, principalmente, de
coração; escreveu um livro com suas fantásticas memórias sobre a vida que por
aqui "marcou". Abaixo o texto de apresentação onde seus filhos,
lindamente, mostram quem foi a excepcional mulher matinhense, Gigi Bonatto:
"Escrevia no quadro-negro de uma pequena escola pública de
Matinhos, em letras grandes e dizia a seus novos alunos:
- JOCELINA, este é meu nome.
Imediatamente um dos alunos erguia as mãos e argumentava:
- Minha mãe me disse que o nome da minha professora seria Dona Gigi.
- Então pra vocês eu serei a Dona Gigi.
E esse fato se repetia a cada ano. Na nossa pequena cidade dificilmente
alguém que não fosse um parente ou um amigo muito próximo saberia dizer qual
era o seu verdadeiro nome. Pra que mais que Gigi? Simples o nome, e mais, ainda
a portadora. Não tinha porque ser diferente. Nasceu num lugar onde não havia
nada que lembrasse luxo, num caloroso mês de janeiro. Filha de lavradores,
primogênita numa lista de doze filhos que tiveram Etelvina e Alexandre. Por
curiosidade e esperteza aprendeu o bê-a-bá em casa, antes mesmo que fosse
levada à escola isolada, como eram chamadas as escolas que se subordinavam às
ordens de Paranaguá.
Ainda criança ficou muito doente, cujo mal não havia quem tratasse em
Matinhos. Foi levada para Curitiba, por turistas que frequentavam o balneário e
por lá ficou durante parte de sua mocidade. Em Curitiba foi mais Gata
Borralheira que Cinderela, mas soube tirar lições que trouxe consigo pelo resto
da vida e pôde passar para todos aqueles que viveram ao seu redor. Cada pedaço
de papel escrito tinha para ela a importância de um livro. Cada filme que
assistia tinha o poder de horas de terapia. Cada vestido, cada sapato, cada
corte de cabelo, cada comida, eram verdadeiras aulas de boas maneiras. Cada
discussão que presenciava tinha o valor de uma aula.
Quando retornou estava curada e se sentia preparada para a vida. Sabia
exatamente o que queria para si e para seus entes queridos. Mudou o rumo de
vida de muita gente sem fazer escarcéu. Teve importância fundamental na vida de
seus pais e de seus irmãos. Como professora atuou bravamente nos rumos da educação
da nossa cidade. Como funcionária pública municipal, até hoje é lembrada como
exemplo de capacidade e dedicação.
Casou-se com Alberto já falecido, aí nasceram os filhos Alberto Jr,
Silmara e Hamilton que casaram com Rachel, Raul e Vivian, que tiveram Caio,
Igor, Juan, Pedro, Saulo, Tamires e Raísa. E, como a família ainda não estava
completa, vieram também como filhos João e Simone. Nós. Nós que buscamos a cada
minuto de nossas vidas fazer jus ao amor recebido, reconhecer o sacrifício que
foi feito para que um dia nos tornássemos seres dignos da família que para nós foi
construída, cidadãos honrados num país onde a moral e a ética estão na
berlinda, pais conscientes da missão que Deus lhes deu.
Gigi. Só Gigi. Pra que mais simples que isso? Precisa ser mais do que
simples numa vida que estamos somente de passagem? Precisa esquecer do Tabuleiro,
onde tudo começou, apesar de ter conhecido o Brasil e alguma outra parte do
mundo? Precisa negar os pés descalços, a boneca de celulóide, o aimpim com café
e batata-doce, a esteira em que dormia e o travesseiro de marcela apesar de ter
tido a chance de andar de saltos altos, de ter vivido na era das bonecas que
falam e andam, de ter saboreado maravilhosos manjares e dormido em colchões e
travesseiro modernos?
Esta era a Gigi. Nossa mãe. Simplesmente uma mulher, determinada, exigente,
inteligente, forte, reconhecida e com um dom em poucos encontrado, o de perdoar
e muito perdoou.
As lembranças anotadas dizem mais do que podemos e a ela oferecemos
aquilo que mais lhe alegrava os olhos: nosso amor e uma flor, simplesmente amor
e flor.
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